Mother holding baby during vaccination consultation with pediatrician and updated vaccine schedule displayed

Vacinas. Todo mundo já ouviu, toda mãe se preocupa, e ano após ano, o calendário ganha novidades. 2025 não ficou parado no tempo. Novas recomendações, zonas de dúvida, avanços e pequenas incertezas para, no fundo, garantir o que todos querem: bebês, crianças e famílias protegidas.

Se você é do time que anda anotando cada vacina, ou daquele que sempre pergunta na consulta, prepare-se: muita coisa mudou neste ano. Aqui no eu, Dra. Ana Balloti, pediatra neonatologista e consultora em amamentação, vou reunir informações diretas e respostas simples para navegar por esse novo calendário. Vamos juntos?

Por que as vacinas mudam?

Parece estranho, mas a ciência da vacinação está sempre se atualizando. Novos vírus, variantes, situações de saúde pública e até mudanças no acesso. Não raro, um imunizante é adaptado, substituído ou incluído.

Chegou a vez do cronograma 2025 entrar para a história.

Com a atualização da Sociedade Brasileira de Pediatria, algumas mudanças saltam aos olhos, como:

  • Entrada da vacina pneumocócica 20-valente.
  • Expansão da faixa etária para HPV.
  • Recomendação de nirsevimabe para recém-nascidos.
  • Saída da vacina oral da poliomielite.

Essas transformações não são aleatórias. Elas buscam aumentar a proteção nas fases que mais precisam. E, claro, praticidade para a rotina dos pais.

O calendário atualizado em 2025

Sabemos que listas ajudam. Por isso, abaixo você confere o novo cronograma, com os principais imunizantes para 2025, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria. Não é automático: cada criança tem necessidades e pode precisar de ajustes. Mas é um bom começo para se planejar.

  1. Ao nascer: BCG ID, Hepatite B, Nirsevimabe.
  2. 2 meses: Hepatite B, Rotavirus, Pentavalente (DTPa-Hib-HB), VIP (Poliomielite inativada), Pneumocócica conjugada.
  3. 3 meses: Meningocócica conjugada C e ACWY.
  4. 4 meses: Hepatite B, Rotavirus, Pentavalente (DTPa-Hib-HB), VIP (Poliomielite inativada), Pneumocócica conjugada.
  5. 5 meses: Meningocócica conjugada C e ACWY.
  6. 6 meses: Hepatite B, Rotavirus, Pentavalente (DTPa-Hib-HB), VIP (Poliomielite inativada), Pneumocócica conjugada, Influenza.
  7. 7 a 11 meses: Febre amarela* (* A partir de 9 meses de idade e segunda dose ao 4 anos), COVID-19* (*Após 7 meses segundo recomendações vigentes em 2025).
  8. 12 meses: Pneumocócica conjugada, Meningocócica conjugada C e ACWY, Meningocócica B recombinante, SCR/ Varicela/ SCRV, Hepatite A.
  9. 15 meses: DTP/DTP, Hib, VIP (Poliomielite inativada), SCR/ Varicela/ SCRV* (* Segunda dose entre 15 meses e 4 anos).
  10. 4 a 6 anos: DTP/DTPa, VIP, Meningocócica conjugada C e ACWY.
  11. 10 anos: Influenza (Adolescentes não vacinados deverão receber duas doses.), Hepatite B (Adolescentes não vacinados deverão receber 3 doses.), Meningocócica B recombinante (Adolescentes não vacinados deverão receber 2 doses.), SCR/Varicela/SCRV (Adolescentes não vacinados deverão receber 2 doses.), Hepatite A (Adolescentes não vacinados deverão receber 2 doses.), HPV (Meninos e meninas a partir dos 9 anos de idade), Febre Amarela (Duas doses para não vacinados previamente.)
  12. 11 a 12 anos: Meningocócica conjugada C e ACWY.
  13. 13 a 15 anos: dT/dTpa.
  14. 16 anos: Meningocócica B recombinante.
  15. Novo em 2025: Vacina Qdenga contra dengue para crianças acima de 4 anos, recomendada em 2 doses.

Há ainda vacinas recomendadas em casos especiais e zonas de epidemia, como gripe, COVID-19 e hepatite A para crianças não vacinadas antes.

Calendário de vacinação 2025 para crianças com ilustrações das vacinas Vacinas mais faladas em 2025

Nem sempre as dúvidas são sobre todas. Existem aquelas que viram tema das conversas, alimentam receios ou questionamentos, e exigem explicações extras. Veja algumas:

  • Vacina Qdenga® contra dengue: Grande destaque do calendário. Recomendada em duas doses para quem tem mais de 4 anos, independente se já pegou ou não dengue, segundo órgãos oficiais.
  • Pneumocócica 20-valente: Substitui versões anteriores e amplia cobertura de tipos de bactéria, especialmente importante em menores de 2 anos.
  • HPV para meninos e meninas: O alcance cresceu. E o HPV agora faz parte da rotina também dos meninos, e inclusive para adolescentes até 14 anos.
  • Nirsevimabe para VSR: Não é uma vacina, mas um anticorpo monoclonal recomendado para recém-nascidos e lactentes com risco de complicações graves pelo vírus sincicial respiratório.
  • Eliminação da pólio oral: A gotinha ficou para trás, sendo agora aplicada apenas a vacina inativada, muito mais segura.

Detalhes sobre inclusão e exclusão dessas vacinas podem ser encontrados no site da Sociedade Brasileira de Pediatria, onde as recomendações são explicadas de modo didático.

Sintomas, dúvidas e receios comuns

É só ouvir “vacina” que familiares logo lembram: febre, choro, reações. Não são todos os imunizantes que causam sintomas, e felizmente, a grande maioria traz apenas leve desconforto. Mas insegurança é natural. Dúvidas surgem principalmente quando:

  • A criança apresenta resfriado leve. Pode vacinar?
  • Teve febre nas últimas 24h. Deve adiar?
  • Está tomando antibiótico. E agora?
  • Nunca teve dengue. Dá para tomar Qdenga?

Sempre insisto no consultório: vacinar com quadro leve, como coriza ou tosse, é seguro. Apenas quadros de febre alta (acima de 38,5°C) ou doenças graves justificam adiar a dose. Em caso de dúvida vamos conversar ou consulte seu pediatra.

Vacinação na gestação e além

Para quem espera um bebê, a vacinação não para com o nascimento. Gestantes devem receber imunizantes específicos, conforme orientação médica. Essa proteção é transferida ao recém-nascido, ajudando nos primeiros meses.

Adultos precisam manter o esquema em dia, recebendo influenza anualmente, COVID-19 conforme indicações oficiais e reforços para tétano e difteria.

No consultório, não são raras histórias: adolescentes que voltam para atualizar doses esquecidas, adultos descobrindo vacinas novas, pais vacinando junto durante campanhas. No fundo, vacinação é ciclo, não linha reta.

Enfermeira aplica vacina em braço de criança enquanto mãe segura a filha Quando procurar orientação profissional

Nem tudo precisa ser uma fonte de ansiedade. Mas, ao menor sinal de reação forte, dúvida sobre sintomas ou atraso nas doses, marque uma conversa. O pediatra pode orientar situações especiais – como alergias, imunossuprimidos, viagens ao exterior, surtos regionais.

Vacinar é cuidado compartilhado, não decisão solitária.

Eu sempre defendo o acolhimento de famílias em todas as etapas. Não há dúvida boba. Informação e apoio fazem toda a diferença. Guardar a carteira de vacinação, anotar datas e buscar fontes confiáveis são pequenos gestos que mudam toda a história dali para frente.

Conclusão

Ano após ano, as vacinas salvam vidas, evitam surtos e dão paz aos pais. O calendário de 2025 amplia proteção, inclui novos públicos e redefine estratégias. O que não muda é a necessidade de atenção, atualização e escuta. Aliás, ninguém precisa passar por isso sozinho. Nosso propósito aqui é caminhar junto, ajudar a decifrar siglas, datas e reações, equilibrando ciência e carinho no cuidado infantil.

Se ficou inseguro, está com dúvida sobre o novo cronograma ou quer planejar a vacinação do seu filho, agende uma consulta. Descubra como o cuidado pediátrico pode ser mais leve, próximo e acessível. Conheça mais sobre minha proposta e faça parte dessa corrente de proteção.

Perguntas frequentes

Qual é o calendário de vacinação atualizado para 2025?

O calendário 2025 traz novidades como a inclusão da vacina pneumocócica 20-valente, ampliação da vacina de HPV até 14 anos e a vacina Qdenga® para dengue em maiores de 4 anos. Crianças seguem recebendo vacinas aos 2, 4, 6, 12 e 15 meses, com reforços na infância e pré-adolescência. Recomenda-se verificar o esquema completo com o pediatra, pois há vacinas adicionais para casos especiais.

Quais vacinas são obrigatórias em 2025?

Vacinas consideradas de rotina pelo calendário nacional incluem hepatite B, BCG, pentavalente, poliomielite inativada, pneumocócica 20-valente, meningocócica, rotavírus, tríplice viral, varicela, hepatite A, HPV e, em 2025, Qdenga para dengue. Algumas, como meningocócica ACWY, podem depender da rede utilizada. Para informações detalhadas, consulte o site da SBP.

Onde posso me vacinar em 2025?

Vacinas do Programa Nacional estão disponíveis em postos de saúde do SUS em todo o Brasil. Algumas vacinas do calendário ampliado ou de tecnologia mais recente podem ser oferecidas em clínicas privadas, mediante indicação médica. Sempre leve documento pessoal e carteirinha de vacinação.

Quanto custarão as vacinas em 2025?

As vacinas disponibilizadas pelo SUS ficam disponíveis gratuitamente nas campanhas nacionais e nos postos de saúde. Já vacinas de tecnologia avançada, como Qdenga ou nirsevimabe, podem ter custo nas clínicas particulares, variando conforme região e laboratório. O pediatra pode orientar se há necessidade real de buscar vacinas fora do SUS.

O que fazer se eu esquecer de tomar uma dose?

Não precisa desespero. Vá ao posto ou ao consultório e mostre a caderneta. O profissional orienta como atualizar – não é necessário recomeçar o esquema, basta completar. Quanto mais cedo corrigir o atraso, melhor para a proteção da criança.

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Dra Ana Balloti

SOBRE O AUTOR

Dra Ana Balloti

Dra. Ana Balloti é pediatra geral, neonatologista e consultora internacional em amamentação (IBCLC), a Dra. Ana Balloti dedica sua carreira ao cuidado integral de bebês, crianças e adolescentes, com acolhimento e informação de qualidade para famílias em todas as fases da maternidade e paternidade. Com formação pela Faculdade de Medicina de Marília, residência em Pediatria e Neonatologia na Santa Casa de São Paulo e estágio internacional no Montreal Children’s Hospital (McGill University – Canadá), Dra. Ana alia experiência clínica com atualização constante. Atua em consultório em Moema, Paraíso (São Paulo), Campinas e Jundiaí, além de integrar equipes de UTI Neonatal em hospitais de referência como o HU Jundiaí, São Luiz Campinas, Madre Theodora e Amparo Maternal. Neste espaço, compartilha orientações seguras sobre aleitamento materno, desenvolvimento infantil, cuidados com o recém-nascido e temas do dia a dia da pediatria — sempre com linguagem acessível e empatia.

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